quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Eu sou apenas alguém, ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível, que a admira a distância
Sem a menor esperança de um dia tornar-me visível.

E você? Você é o motivo do meu amanhecer
E a minha angústia ao anoitecer

Você é o brinquedo caro, e eu a criança pobre
A menina solitária que quer ter o que não pode
Dono de um amor grandioso, como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-lo!


Eu sei de todas as suas tristezas e alegrias
Mas você nada sabe nem da minha fraqueza
nem da minha covardia, nem sequer que eu existo!...

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